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Especialista derruba mitos sobre a fabricação da cerveja artesanal – explicações chegam para tranquilizar o consumidor

11/01/2020

A possibilidade de a substância dietilenoglicol estar por trás da contaminação misteriosa, que deixou pelo menos 8 pessoas internadas em Belo Horizonte e provocou uma morte, tem causado pânico nos consumidores.

Os reflexos aparecem nas gôndolas dos supermercados que vendiam a cerveja Belorizontina, suspeita de ter sido adulterada. A tal substância, segundo informação da Polícia civil, foi encontrada em duas garrafas da cerveja, que é produzida pela Backer.

Para tirar dúvidas dos consumidores e esclarecer o processo de fabricação das cervejas, sobretudo das artesanais como é o caso da Belorizontina, o JM conversou com um empresário da área em Pará de Minas.

Trata-se de Júlio Pereira, sócio da cervejaria Gotter que desde a sua fundação tem obtido boa receptividade do público consumidor. Mesmo impactado com as notícias em torno da doença misteriosa, Júlio trata o assunto com muita cautela e dá informações seguras aos ouvintes do Jornal da Manhã.

Segundo ele, o crescimento das cervejas artesanais produzidas no mercado mineiro não tem acontecido por acaso. O aprimoramento do setor é visível, o que assegura alta qualidade do processo de fabricação.

E para desmistificar a crença de que a produção artesanal é mais vulnerável ele explica que o setor segue a mesma linha industrial. A diferença só acontece na quantidade:

Mas se não existe diferença nos sistemas de produção, salvo pela quantidade, o mesmo não se pode dizer do sabor. Nesse aspecto, a cervejaria artesanal faz toda diferença:

Quanto à substância alvo das investigações, Júlio Pereira assegura que ela não é usual no sistema de produção das cervejarias:

Sobre o impacto na retração das vendas, Júlio Pereira acredita que será passageiro tendo em vista a consciência do consumidor sobre o alto nível da produção cervejeira. 
No entanto, ele acredita que o episódio vai influenciar no rigor da fiscalização, o que seria bom para todos:

O JM também teve acesso a informações dadas pelo professor Bruno Botelho, do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais. Ele deu esclarecimentos importantes sobre o dietilenoglicol, informando que ele faz parte de uma família de compostos normalmente chamados de glicol.

Nem sempre o consumo da tal substância é fatal. Depende muito do organismo da pessoa e de como ele aconteceu. Os sintomas costumam se manifestar de forma rápida. Entre 48h e 72h aparecem as náuseas, vômitos e dores abdominais, podendo evoluir rapidamente para um caso de insuficiência nos rins.

A Backer disse que não usa a tal sustância no processo de produção, então como foi possível ela aparecer na cerveja? Segundo o professor, pode ter acontecido uma contaminação em moléculas muito similares no processo de purificação. 
Nesse caso a culpa poderia não ser exatamente da Backer, mas o professor considera que aí haveria indicação de alguma falha no processo de fabricação.

Foto: Myrtes Pereira/Rádio Santa Cruz FM



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