O crescente número de agressões contra mulheres levou a Polícia Civil de Minas Gerais a reforçar a campanha em defesa delas. A violência explodiu nos últimos meses, com o distanciamento social.
Levantamento feito pela corporação revela que até mesmo na ausência de discussões elas estão sendo agredidas. A convivência excessiva dos casais está provocando um desgaste enorme nos relacionamentos.
E em muitas situações, o distanciamento social apenas agravou o elevado nível de estresse nos relacionamentos. No corre corre da vida, quando as pessoas estão mais distantes devido às atividades profissionais, os problemas da vida a dois eram empurrados.
Mas a pandemia vem mantendo muita gente em casa e a pressão aumentou, resultando em irritações constantes que muitas vezes têm chegado às vias de fato. Como as mulheres não tem a mesma força física dos homens, elas acabam levando a pior.
Ciente da gravidade do problema a Polícia Civil está incentivando as denúncias e elas devem ser feitas a partir da primeira ameaça. A vítima deve ligar imediatamente para os telefones 180, 181 e também para o Disque 100.
Parentes e vizinhos também podem denunciar os casos de agressão verbal ou física, para que as forças policiais possam oferecer medidas protetivas à pessoa que está em situação de perigo.
O delegado Carlos Henrique Gomes da Silva, que está à frente da Regional de Segurança Pública de Pará de Minas, pede à sociedade que não ignore a violência dentro de casa:
Na tentativa de mudar o perfil dos agressores a Polícia Civil de Pará de Minas desenvolve um programa de recuperação que recebeu o nome de “A pena que vale à pena”. Eles passam a frequentar sessões com psicólogos, com enfoque na convivência harmoniosa e democrática, onde o outro é respeitado em suas escolhas e posicionamentos. Mas apesar do empenho dos profissionais, nem sempre os resultados são positivos já que nem todos os agressores mudam de postura:
Diante dessa realidade e da frequência com que as mulheres estão sendo agredidas, a proteção dada pela polícia é o caminho mais seguro. Denuncie, antes que seja tarde demais.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM