A Secretaria Municipal de Saúde anunciou que não pode atender a reivindicação da Turi de antecipar a vacinação anti-covid em seus funcionários, mesmo diante da situação difícil que a empresa está enfrentando.
A pasta alega que cumpre as diretrizes encaminhadas pela Secretaria de Estado de Saúde, imunizando os públicos determinados de acordo com a quantidade de doses que chegam à cidade.
A vacinação dos motoristas e cobradores, assim como dos trabalhadores do transporte rodoviário, está incluída no plano de contingência da Campanha Nacional de Imunização. No entanto, ainda não há prazos sobre quando as doses começarão a ser aplicadas.
Essa indefinição está criando sérios problemas na empresa que em apenas um mês deixou de contar com 24 profissionais da linha de frente, entre motoristas e trocadores, que foram afastados por causa de infecções de coronavírus.
Esse número representa quase 30% do total de profissionais que trabalham nas linhas de ônibus, elevando o nível de preocupação da direção da concessionária, que admite a possibilidade do serviço entrar em colapso.
Segundo o superintendente Djalma Rocha Júnior, no final de março três trabalhadores estavam afastados em decorrência da covid-19. Mas o número aumentou para 16 na última semana e até ontem já eram 27. Nem todos estão contaminados, mas pelo fato de algum familiar que mora na mesma casa estar, o afastamento foi visto como medida preventiva.
Diante da situação, a empresa encaminhou ofício à prefeitura solicitando prioridade na vacinação dos motoristas e cobradores. Djalma defende a medida para que o serviço não seja interrompido ou afetado parcialmente.
O afastamento de vários motoristas e trocadores impõe um grande desafio à Turi, que é a reposição deles nas linhas de ônibus. Segundo Djalma, recentemente a concessionária realizou um processo seletivo para motorista, mas apenas quatro candidatos participaram. Outros obstáculos são o tempo e o dinheiro.
Uma das soluções encontradas pela concessionária para amenizar a falta de profissionais foi a criação de um plano interno estimulando colaboradores de outras funções que queiram atuar como motoristas. Os interessados passam por um processo de capacitação antes de assumir o volante.
Por fim, o superintendente da Turi informou que a empresa está mantendo as medidas preventivas para evitar a disseminação do vírus entre os profissionais e dentro dos ônibus. Ele citou algumas medidas que estão sendo tomadas e pede que os usuários continuem fazendo sua parte para que a situação não piore.
Outras empresas do transporte público que atuam na região também estão enfrentando o mesmo problema.
Foto Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação e Arquivo/Rádio Santa Cruz FM