A nova variante do coronavírus identificada no Rio de Janeiro, classificada como P.1.2., ainda não chegou a Minas Gerais. A informação foi confirmada ontem pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, durante entrevista coletiva na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
A nova cepa foi detectada nesta semana em quase 6% das 376 amostras submetidas ao sequenciamento genético realizado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio. São amostras de pacientes do Norte Fluminense, região Metropolitana, Centro-Sul e Baixada Litorânea.
Segundo Baccheretti, ainda não se sabe se a variante é mais letal ou mais transmissível. O impacto epidemiológico será avaliado para que os cientistas identifiquem o comportamento da cepa.
Em Minas Gerais, os laboratórios credenciados pela Secretaria de Saúde não detectaram a presença da P.1.2 nas amostras analisadas, contudo, o secretário acredita que dificilmente ela ficará restrita ao estado vizinho.
A nova variante identificada em Minas Gerais que foi citada pelo secretário de Saúde, foi detectada em abril em Belo Horizonte e região Metropolitana. Os estudos genéticos realizados indicam que ela tem características em comum com outras cepas, como a P.1, descoberta em Manaus, e a B.1.1.7, descoberta no Reino Unido.
Essas identificações em Minas e no Rio de Janeiro, associadas a datas comemorativas, como o Dia das Mães, que será celebrado amanhã, elevam o risco de o país enfrentar uma terceira onda da pandemia de covid-19.
Durante a entrevista, o secretário Fábio Baccheretti admitiu essa possibilidade, talvez no mês de junho, mas disse que o estado está se precavendo para o enfrentamento ao vírus.
Aproveitando a oportunidade, o secretário fez um apelo à população para o Dia das Mães. Apesar de toda valorização que elas merecem, é importante se conscientizar sobre os riscos de aglomeração de pessoas.
Depois de viver o pior momento da pandemia de coronavírus, em março e abril, Minas Gerais agora respira com a queda da quantidade de novos casos, internações e mortes. Conforme os dados da Secretaria de Saúde, o pico da segunda onda aconteceu em 15 de abril, de lá pra cá, os indicadores iniciaram uma sequência de queda.
O estado ainda não sabe se essa redução será uma tendência nas próximas semanas ou se entraremos no chamado platô, com a estabilização do atual cenário epidemiológico.
Foto: Reprodução/Governo de Minas