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Sepultamentos das vítimas da covid exigem muito das funerárias: saiba como são feitos

10/05/2021

Mais de um ano depois do início da pandemia, boa parte das pessoas ainda desconhece o processo de sepultamento das vítimas de covid. E a desinformação é grande em todas as regiões do país, por isso Pará de Minas não foge à regra. Com a disparada dos óbitos decorrentes do coronavírus, a preocupação também cresceu, seja pelo risco de contaminação dos mais próximos, durante os sepultamentos, ou por causa dos profissionais que lidam diariamente com esta realidade.

Mas para minimizar ao máximo a possibilidade de eventual transmissão do vírus, as empresas especializadas em sepultamentos estão obedecendo rigorosos protocolos de segurança. O Jornal da Manhã ouviu vários empresários do setor na região de Pará de Minas e todos repassaram informações bem semelhantes. A atuação das funerárias começa com o recebimento da Declaração de Óbito entregue pelos hospitais.

Quando consta nesse documento que a morte foi por covid, imediatamente a equipe passa a usar equipamentos de proteção totalmente diferenciados. O passo seguinte é receber o corpo sem vestimenta em saco plástico reforçado, totalmente fechado com silicone e pulverizado com vários agentes químicos.

Para evitar eventual troca do cadáver, o saco plástico apresenta uma etiqueta grande e posicionada em local bem visível. Do hospital o veículo da funerária segue direto para o necrotério, colocando o corpo em caixão lacrado imediatamente por uma chaveta especial. Em seguida, os agentes funerários borrifam toda a urna com spray bactericida de alta potência. Familiares têm acesso ao velório, durante alguns minutos, mas permanecem longe do caixão que vai seguir direto para a sepultura.

O enterro também exige vestimentas especiais para os coveiros: touca, luvas, botas plásticas, macacões bem fechados e produzidos de fibra sintética resistente, óculos especiais, máscara medicinal e mangote, que é uma peça pesada que fica por cima do uniforme de trabalho. Depois do enterro, algumas peças vão direto para o lixo químico, caso do macacão, das luvas, touca, máscara e dos óculos. Somente as botas plásticas e altas são reaproveitadas, mesmo assim depois de um processo de desinfecção.

Mesmo com todos esses cuidados, as funerárias têm insistido na prioridade da vacinação de seus funcionários, mas o processo de imunização é lento e tem deixado muitas empresas apreensivas, sobretudo nas pequenas cidades. Os agentes funerários também se queixam do valor dos serviços, já que não podem repassá-los integralmente aos consumidores. Para se ter ideia, somente o saco plástico que envolve o cadáver tem custo médio de R$35,00. A substituição dos equipamentos de trabalho após cada enterro também pesa muito na conta.

Foto Ilustrativa: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação




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