O centro comercial de Pará de Minas registrou um movimento intenso ontem, ao longo do dia, com destaque para as longas filas que se formaram na porta ou no interior de agências bancárias e casas lotéricas.
O vai e vem de pessoas não é novidade, principalmente nas duas primeiras semanas de cada mês, mas contrasta com o cenário pandêmico ao qual estamos vivendo, cujo principal hospital de Pará de Minas, o Nossa Senhora da Conceição, está com 100% de ocupação de leitos de UTI.
Felizmente, a maioria das pessoas estava com máscara, no entanto, alguns insistiam em não fazer uso dela ou colocavam de forma errada, tornando a proteção totalmente ineficaz.
O distanciamento social nas filas passou longe de ser respeitado e mesmo sabendo dos riscos, os clientes tiveram que aguardar já que tinham assuntos urgentes a resolver:
Quem ficou impressionado e até revoltado com a falta de respeito às medidas de prevenção foi Antônio Ferreira, o popular Pingo. Aos 78 anos e vacinado com as duas doses da Coronavac, ele disse que só sai de casa por necessidade, como aconteceu ontem. Mas ele custou a acreditar no que viu e pediu até intervenção policial para coibir as aglomerações.
Até o momento em que nossa reportagem acompanhou a movimentação na área central de Pará de Minas, especialmente na região da Praça Torquato de Almeida e a Rua Benedito Valadares, não observamos nenhuma ação de fiscalização do poder público.
Nós tentamos contato com a Vigilância em Saúde, mas não tivemos retorno. O Jornal da Manhã também apurou junto ao serviço de Call Center, para onde são encaminhadas as denúncias de falta de respeito às medidas de prevenção, e fomos informados que não houve nenhum questionamento sobre aglomerações e outros abusos em qualquer região da cidade.
Lembrando que as denúncias reportadas ao Call Center são encaminhadas à equipe de fiscalização da ppara posterior providências.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
