O tão esperado retorno às aulas presenciais em Pará de Minas pode ganhar novo empecilho. Motoristas de vans escolares não estão satisfeitos com as regras sanitárias para o transporte dos alunos e alguns ameaçam não prestar o serviço assim que a retomada for autorizada pelo município.
A informação foi confirmada com exclusividade ao Jornal da Manhã por Itelmaia Soares, um dos líderes da categoria. Há 14 meses sem transportar estudantes, ele e outros motoristas que ainda têm esperança de voltar a trabalhar na área, reivindicam mudanças no protocolo de volta às aulas, aprovado recentemente pelo Comitê de Enfrentamento à Covid-19.
A classe quer a revisão apenas da parte que trata do transporte de alunos. Pelas normas estabelecidas, os motoristas terão que fazer a medição de temperatura de todos os passageiros, disponibilizar álcool em gel, desinfetar totalmente o interior do veículo a cada viagem e permitir lotação máxima de um terço da capacidade ou 50% caso sejam instaladas divisórias de acrílico.
Segundo Itelmaia Soares, essas regras inviabilizam a prestação do serviço, com os custos muito elevados e os ganhos reduzidos. E no final a conta não vai fechar para os profissionais.
Itelmaia declarou ainda que outro fato que desagradou os motoristas das vans escolares foi a falta de um representante da categoria nas discussões de elaboração do protocolo sanitário, no que diz respeito ao transporte dos alunos.
Para dar um posicionamento à categoria, o Jornal da Manhã conversou com o procurador Jurídico do Município, Hernando Fernandes, que admitiu a possibilidade de mudanças no protocolo.
A criação do protocolo sanitário foi o primeiro passo do município para regulamentar as aulas presenciais, a fim de que as escolas e motoristas de vans estejam preparados para quando o retorno for autorizado.
Até o momento não há previsão de quando os alunos poderão acompanhar uma aula dentro da sala. A expectativa é que isso aconteça em breve, a partir da imunização dos professores e da possibilidade de redução da curva de contaminação do coronavírus.
Fotos: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM e Reprodução/Internet