Os produtores rurais da região de Pará de Minas estão na expectativa do anúncio do novo Plano Safra. Mesmo com o agronegócio em alta no país, a próxima temporada do programa pode sofrer mudanças em decorrência do cenário político e econômico, além dos graves efeitos causados pela pandemia.
Segundo especialistas, entre os principais fatores que podem influenciar na liberação de crédito do Plano Safra 21/22 está a taxa básica de juros, a Selic. Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), a taxa subiu de 2,75% para 3,5% ao ano e a instituição financeira já sinalizou nova alta no indicador na próxima reunião, que acontecerá mês que vem.
Diante das previsões, o mercado já trabalha com a possibilidade do programa federal ter taxas de juros maiores, semelhantes às praticadas em 2019.
Segundo Rodrigo Alvarenga Ferraz, gerente interino do Banco do Brasil em Pará de Minas, os detalhes do plano serão divulgados somente a partir de junho, quando termina a atual edição.
O Plano Safra foi criado em 2003 pelo governo federal oferecendo crédito para o produtor rural investir e custear a produção. As edições passam a valer em julho e vão até junho do ano seguinte, período escolhido de forma estratégica pelo calendário da safra agrícola brasileira.
Através do programa, o produtor tem acesso aos serviços de assistência técnica e extensão rural, crédito, seguro da produção, garantia de preços, comercialização e organização econômica das famílias residentes no campo.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
