A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu em flagrante um homem de 47 anos suspeito de integrar um esquema de fabricação e comercialização de atestados médicos falsos. A ação é resultado de um trabalho investigativo que revelou a existência de um amplo sistema de falsificação de documentos usados para justificar faltas ao trabalho, especialmente por servidores do sistema prisional.
Na residência do suspeito, localizada em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os policiais apreenderam 194 documentos preenchidos, assinados e carimbados, além de materiais utilizados na falsificação, como atestados e receituários em branco, além de carimbos adulterados. O homem foi detido após uma operação de vigilância que identificou sua rotina de entregas frequentes a motoboys e ocupantes de veículos.
Ele foi abordado no momento em que portava um atestado médico já preenchido e pronto para entrega. Dentro da casa, os investigadores localizaram grande quantidade de materiais relacionados ao esquema criminoso. A investigação teve início após um levantamento realizado pela Corregedoria da Polícia Penal e pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp-MG).
O estudo apontou um número expressivo de atestados médicos emitidos para servidores do sistema prisional, levantando suspeitas sobre sua autenticidade. Esses atestados, pelo número excessivo e fora do padrão, estavam causando prejuízo ao serviço e às escalas de plantão. Houve situações em que um turno inteiro apresentou atestado médico antes de entrar ao serviço.
Identificou-se mais de 2 mil atestados médicos. Considerando apenas uma amostragem, somou-se mais de 36 mil dias de atestados de servidores que não foram trabalhar.
