A gravidade da situação que investiga a contaminação na Backer, sobretudo dos rótulos das cervejas Belorizontina e Capixaba, continua mobilizando autoridades e órgãos especializados.
Em Pará de Minas, apoiado em normas de conduta divulgadas pelo Procon Minas Gerais, o órgão de defesa dos consumidores começou a agir ontem.
Segundo o coordenador do Procon, Bruno Souza, todas as instruções estão sendo padronizadas para surtirem o efeito desejado e contribuírem com as investigações:
Perguntado sobre eventuais demandas judiciais que os consumidores queiram mover contra a cervejaria, o coordenador do Procon esclareceu que ainda é cedo para isso:
A Vigilância Sanitária de Pará de Minas também está focada na ação. O órgão mobilizou seus fiscais para uma varredura no comércio local, com a missão de determinar aos proprietários a retirada das gôndolas de qualquer rótulo produzido pela Backer. No entanto, Vander Rodrigues, coordenador da Vigilância, deixou claro que a prioridade recai sobre a Belorizontina:
Caso os fiscais não tenham conseguido visitar todos os estabelecimentos que comercializam cerveja na cidade, a recomendação da Vigilância é que eles invertam o processo, ou seja, tomem a iniciativa de procurar o órgão:
O Ministério da Agricultura informou ontem que foram encontradas moléculas do composto químico dietilenoglicol no conteúdo das bebidas. De acordo com a perícia, a contaminação das bebidas aconteceu na fábrica da Backer. A principal suspeita é a que intoxicação tenha acontecido durante o resfriamento, que é uma das etapas de produção das cervejas.
A substância pode ter entrado em contato com a água utilizada para resfriar o líquido proveniente da mistura entre malte moído e água quente. No entanto, a forma como se deu essa contaminação não está clara. Isso porque o dietilenoglicol deveria ser utilizado como agente refrigerador do maquinário, sem contato com a cerveja.
