O governo brasileiro está confiante que o agronegócio será capaz de amenizar os impactos econômicos provocados pela pandemia do coronavírus. Prova disso é a estimativa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sobre a liberação do Plano Safra, com investimentos em torno de R$15 bilhões para a área rural.
Esse valor ainda não está confirmado mas se acontecer vai representar 50% a mais que o volume de recursos liberados em 2019. Além disso, o Ministério da Agricultura planeja reduzir os juros para o médio produtor rural. Atualmente, eles variam de 6% a 7% ao ano e podem cair para 5% e 6%.
O Plano Safra é um incentivo do governo federal voltado para os produtores rurais, oferecendo políticas que englobam assistência técnica, criação de crédito, investimento, seguro, garantia de preço e comercialização. A ideia de liberar mais recursos a juros menores é uma forma do governo estimular o homem do campo a investir na produção e fomentar o setor e a proposta está sendo bem recebida Brasil afora.
Aqui em Pará de Minas quem já abordou o assunto foi Eugênio Diniz, presidente do Sindicato Rural. Ele reconhece o apoio ao homem do campo como medida imprescindível nesse momento, já que os negócios rurais também foram bastante afetados. Mas como o agronegócio é uma área que tem condições de se reinventar, o setor pode mesmo ajudar a colocar a economia do país nos trilhos:
O que tem preocupado Eugênio Diniz são os adiamentos dos financiamentos e dos consórcios propostos pelos bancos e financeiras. Ele entende as dificuldades financeiras do governo, mas defende celeridade na liberação dos recursos para que os produtores consigam arcar com os pagamentos:
Eugênio Diniz espera que a pandemia passe logo e que os produtores, especialmente os de menor porte, consigam superar o momento difícil. O dirigente sindical lembra aos associados que a entidade continua com atendimentos ao público, mas obedecendo as regras de segurança orientadas pelas autoridades de saúde.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
