Com a disponibilidade das ferramentas digitais e o alcance cada vez maior da internet, o público interessado em ingressar na faculdade está optando, em sua maioria, pelo ensino EAD, fomentando assim um setor que há alguns anos caminhava lentamente, sob olhares ainda desconfiados.
Duas pesquisas recentes mostram a força da educação através das plataformas virtuais. A primeira é o Censo da Educação Superior de 2018, revelando que o número de matriculados nas instituições de ensino superior públicas na modalidade à distância aumentou 45%.
Já o outro estudo foi realizado pela Catho Educação e reforça essa tendência, comprovando o quanto o brasileiro está interessado em se qualificar para o mercado de trabalho. Ele apurou que agora durante a quarentena, o número de matrículas nos cursos EAD ou semipresenciais aumentou 68% na comparação com o mesmo período de 2019.
Envolvido na área educacional João Bosco Silva, gestor do polo da Unicesumar em Pará de Minas, uma das mais conceituadas universidades que oferecem ensino à distância, afirma que até o final de 2021 a modalidade EAD ultrapassará o ensino presencial.
Questionado sobre os fatores que estão atraindo os alunos para os cursos à distância, o educador citou a praticidade, economia e a qualidade comprovada do ensino.
Os resultados apontados nas pesquisas e a declaração de João Bosco Silva levam a fazer uma pergunta – A modalidade de ensino superior presencial, tão tradicional em nosso país, poderá deixar de existir? O gestor da Unicesumar fez o seguinte comentário:
Entre os cursos à distância mais procurados, não apenas em Pará de Minas mas em todo o país, estão as graduações relacionadas à educação, como Pedagogia, Letras, Matemática, Geografia e História, além de outros tradicionais, como Administração, Ciências Contábeis, Educação Física, Engenharias e Gestão de RH. Atualmente, no polo de Pará de Minas, a Unicesumar tem 1.728 alunos matriculados em mais de 160 cursos.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
