Mesmo depois da inauguração das obras na Avenida Presidente Vargas a opinião pública continua questionando o valor da revitalização. O assunto tem vitalizado nas redes sociais, principalmente nos grupos de WhatsApp.
As novas críticas estão centradas nos elevados valores das lixeiras e das guaritas. Muitas pessoas estão questionando os preços e até a possibilidade de alguma irregularidade na contratação das empresas responsáveis pela instalação das estruturas.
O JM levou as indagações ao secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Dimitri Gonçalves de Morais, e ele se mostrou surpreso com a repercussão do caso.
Segundo Dimitri, em momento algum os valores foram escondidos, já que toda a planilha precisou ser amplamente divulgada em edital durante o processo licitatório, que transcorreu dentro dos parâmetros legais.
Em relação aos preços elevados, o secretário explicou que alguns fatores incidiram no valor da obra, mas os acréscimos estão previstos na lei das licitações. Dimitri apontou inclusive o BDI, sigla inglesa que significa Benefícios e Despesas Indiretas.
Ele compõe o orçamento através de taxas que incidem sobre o custo total do empreendimento e pode variar entre 25% e 30% do valor contratado. O secretário usa o valor das lixeiras para explicar o mecanismo que encarece a obra:
Quanto às guaritas, instaladas nos pontos de ônibus da Presidente Vargas, Dimitri confirma o valor de R$32 mil reais. Segundo ele, o preço seria ainda mais caro, devido à tecnologia dos equipamentos e sua durabilidade.
As lixeiras e as guaritas fazem parte do projeto de revitalização da avenida Presidente Vargas, que custou mais de R$ 2,5 milhões. Também contemplam o projeto a sinalização vertical e horizontal da avenida, instalação de novas rotatórias, faixas elevadas para pedestres, nova arborização e revitalização da Praça Simão da Cunha.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
