Nem a Prefeitura, nem o Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus imaginavam que horas depois da reunião demorada – foram três horas – todas as decisões tomadas em Pará de Minas fossem por água abaixo em virtude do anúncio do governador Romeu Zema sobre a onda roxa em todo o território mineiro.
O Comitê decidiu pela adoção de medidas mais restritivas, na tentativa de conter o avanço da pandemia no município, e ficou acertado que a prefeitura publicaria um decreto hoje com as novas medidas. Ficou acertado que os clubes sociais estariam proibidos de funcionar. Eles somente poderiam manter abertas suas academias, desde que a ocupação do espaço não seja superior a 30% da capacidade do ambiente.
A circulação de pessoas nos parques e praças estaria proibida. Também foi determinado o fechamento dos hoteizinhos e escolinhas de recreação. Treillers e food trucks só poderão atender pelo serviço de delivery. Bares, restaurantes e lanchonetes poderiam manter as portas abertas até às 21 horas, mas a venda de bebida alcoólica estava proibida. Esse foi o item de votação mais polêmico, porque o entendimento de alguns conselheiros é que bar sem bebida é o mesmo que não funcionar, pois não atrai clientes.
A venda de bebidas alcoólicas em Pará de Minas, enquanto durar o decreto, somente seria permitida nos supermercados. Mesmo assim, sem consumo no local. Com a onda roxa em todo o estado essas medidas que nem chegaram a ser publicadas no decreto continuarão valendo, mas estarão incorporadas ao contexto gigantesco das proibições da onda roxa.A Procuradoria Jurídica está aguardando mais informações para editar o novo decreto.
