A variante indiana, conhecida também como Delta, volta a ser preocupação para a Secretaria de Estado de Saúde. O motivo foi a confirmação no estado de Goiás sobre a transmissão comunitária da cepa naquela região.
A notícia veio depois que a nova linhagem do coronavírus foi identificada em uma paciente de 18 anos, que não havia viajado para o exterior e nem teve contato com pessoas que estavam fora do Brasil.
O secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, disse que Minas Gerais está atenta a essa situação e admitiu “risco real” de que a variante indiana possa chegar ao estado devido à proximidade com Goiás.
Baccheretti reforçou, no entanto, que o governo mineiro está tomando as providências para impedir que isso aconteça, monitorando regiões que fazem fronteira com o estado vizinho.
Vale lembrar que, em maio, um morador de Juiz de Fora que retornou de viagem da Índia teve confirmada a infecção pela variante Delta, mas felizmente se recuperou e não transmitiu o vírus para nenhuma pessoa, segundo monitoramento do estado.
A cepa indiana virou motivo de preocupação para todos os países devido à sua maior transmissibilidade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a linhagem está prestes a se tornar a variante dominante global.
E o receio das autoridades não se dá apenas pela infecção, mas também pela eficácia das vacinas contra ela. Um estudo publicado na revista Lancet aponta que os imunizantes parecem ser menos eficazes contra a variante delta.
Segundo os pesquisadores, a vacina da Pfizer tem até 79% de eficácia contra a cepa, em comparação com 92% no caso da variante alfa. E a proteção da vacina da AstraZeneca contra a delta é de 60% em comparação com 73% no caso da variante alfa.
Fotos Ilustrativa: fernandozhiminaicela/pixabay.com e Governo de Minas Gerais/Divulgação
