O cometa verde está passando pela Terra depois de 50.000 anos, desde a sua última aparição. No Brasil e em todo Hemisfério Sul ele já é visível e deve permanecer localizável no céu até o dia 10 de fevereiro. Segundo o astrônomo Cássio Barbosa, para encontrar o cometa no céu é preciso estar em um local bem escuro, porque o cometa está com um brilho considerado fraco, no limite do que o olho humano consegue captar.
Como a Lua está em fase crescente, seu brilho pode atrapalhar. Para ver com nitidez, está sendo recomendado o uso de um binóculo, mas é possível enxergar a olho nu. O cometa verde muda muito de posição e na noite do dia 4, próximo sábado, ele estará muito perto de uma estrela brilhante azulada, chamada Capela, apontando pata o Norte. Já no dia 10 estará muito próximo de Marte, que emite um brilho alaranjado, e está localizado na constelação de Touro.
O cometa é, na verdade, uma grande rocha coberta de ‘gelo sujo’, porque outros materiais estão embutidos em sua composição. E ele demora tanto a passar na terra porque vem da região que a gente costuma dizer que é o reservatório dos cometas de longo período, no caso a Nuvem de Oort, que é uma sobra da formação do sistema solar.
Já tem muita gente perguntando se é possível prever quando ele voltará e a resposta é não porque, em algum momento, ele pode rachar ou sofrer erupções muito fortes, capazes de despedaçá-lo. Outra curiosidade popular é como os astrônomos sabem que ele já passou na terra há 50.000 anos. Cássio Barbosa responde que a velocidade de chegada do astro é o que permite chegar à conclusão.
Quando ele está chegando perto do Sol, vem com uma velocidade. Daí é possível fazer o cálculo ao contrário, apurando a distância dele e o tempo de chegada. E por último, mais uma informação que vai matar muita curiosidade por aí. Ele é chamado de “cometa verde” graças a uma reação química que emite um brilho esverdeado em torno da bala de canhão cósmica.
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