A alternativa de trocar carne por ovo está ficando inviável para muitas famílias em Pará de Minas. O preço dele disparou e já registra um aumento de quase 90% ao longo dos últimos dois anos.
Já o pente com 30 unidades está 67% mais caro, sacrificando o bolso do trabalhador. Além disso, os consumidores também enfrentam uma situação inédita no mercado.
Até bem pouco tempo, os ovos vinham em embalagens de 12, 24 ou 30 unidades. Acontece que a quantidade encolheu e muitas granjas passaram a vender os pentes com menos ovos. Alguns vêm com 10 e outros com apenas 20 unidades.
Preço alto, redução na quantidade e falta de perspectivas de uma mudança no cenário, deixam os consumidores desiludidos principalmente nesse período da Quaresma, quando as vendas de ovos sempre crescem.
O Jornal da Manhã fez uma enquete nos supermercados da cidade, apurando que a maioria tem corrido atrás das ofertas. Quando elas aparecem, eles compram mais quantidade. Do contrário, só compram a embalagem menor.
Os avicultores reconhecem as dificuldades dos consumidores, diante da desvalorização do real, mas não conseguem fazer os preços retroagir. Os custos de produção dispararam e como uma galinha só come milho e soja, que também estão caros, o efeito cascata chega rapidinho ao varejo.
O consumo de ovos cresceu muito na pandemia, quando muitas pessoas excluíram a carne do cardápio e, desde então, não parou mais.
Mas a Quaresma também já trouxe outro preço salgado para os consumidores – o bacalhau. Um dos vilões da temporada, ele varia de acordo com o tipo e a espessura.
A maior alta foi a do bacalhau Cod, que está custando em torno de R$170,00. Já o Porto Imperial, está chegando a quase R$200,00 o quilo. O bacalhau Saithe está sendo vendido a R$77,00 em média.
Diante da elevação dos preços, o Procon recomenda disposição para que o consumidor faça uma boa pesquisa de preços.
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