A Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), divulgou levantamento confirmando que a cada dois dias em Minas Gerais uma briga de trânsito acaba em violência.
Seja por agressões físicas, atropelamento ou mesmo por ataques verbais feitos pela janela do carro, a sensação de segurança nas vias públicas está cada vez menor. Basta dizer que esses comportamentos cresceram 43% de 2022 para cá.
Especialistas explicam o crescimento dos índices com base na falta de controle emocional, assim como o crescimento da intolerância e o acúmulo de problemas que ocorrem no trânsito.
E admitem que eles podem ser maiores, porque em algumas situações o motorista prefere fazer um acordo ou ignorar o problema, caso o prejuízo seja pequeno, do que perder tempo com a questão burocrática, no caso, anotar a placa do veículo, registrar um boletim de ocorrência e buscar testemunhas.
Também pesam na decisão dos que decidem não denunciar a crença de que não vai dar em nada, que não adianta registrar, pois o agressor não vai ser penalizado. De fato, são frequentes os casos em que o agressor foge do local a fim de sair impune.
Mas a Polícia Civil afirma que está de olho nesses casos, através de profissionais do Setor de Investigação de Crimes de Trânsito. Nessas situações é dada atenção especial para que os suspeitos sejam encontrados rapidamente.
Estudiosos do assunto apostam em leis mais rígidas para o enfrentamento da violência no trânsito. Segundo eles, campanhas preventivas principalmente voltadas para crianças têm poder de melhorar os índices de violência, porque começando pela educação infantil as novas gerações terão uma postura diferente.
O assunto ganhou destaque nos últimos dias por causa da morte do instrutor de autoescola Alessandro Gomes de Carvalho, de 48 anos, que foi arrastado por um carro e prensado contra outro veículo. A briga foi gravada por testemunhas e o vídeo compartilhado na internet.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
