Um ano depois da tragédia familiar, como está Aninha da Mercearia? Esta pergunta tem sido feita por muitas das pessoas que acompanharam o sofrimento dela ao longo dos últimos meses. Hoje faz um ano que a comerciante Ana Lúcia Teixeira, proprietária de uma mercearia no bairro Santos Dumont, levou quatro dos cinco tiros desferidos pelo marido, que se matou em seguida. Três acertaram a cabeça e o outro na mão.
Aninha acredita que o ato de violência possa estar associado a ciúmes, já que ele sempre comentava que as pessoas se importavam mais com ela do que com ele. Surpreendida pela inesperada reação de violência, ela se fingiu de morta para sobreviver. Os dois tomaram café tranquilamente no apartamento, que fica no segundo andar da mercearia.
Em seguida desceram para iniciar o expediente do dia. Tão logo as portas foram abertas, ela sentiu o impacto do primeiro tiro, mas custou a perceber o que, de fato, estava acontecendo. No primeiro momento, acreditou que tinha tomado um choque no freezer. Como o fato aconteceu no dia de Nossa Senhora de Fátima, 13 de maio, Aninha pediu a proteção da Santa ao receber o impacto dos outros tiros. Socorrida pelo Samu, foi hospitalizada em seguida.
Acordou no dia seguinte no CTI do Hospital Santa Lúcia, em Divinópolis, e no instante em que começava a lembrar dos fatos ouviu a conversa dos enfermeiros que, devido à gravidade do quadro clínico, não acreditavam na sua recuperação. Mas ela continuou invocando a proteção de Nossa Senhora de Fátima e, aos poucos, foi se recuperando. Hoje, falando ao Jornal da Manhã novamente, ela faz questão de agradecer as pessoas que sempre rezaram pela sua recuperação. Foi um depoimento emocionado, marcado principalmente pela força do renascimento:
Aninha voltou a trabalhar na mercearia, mas tomou a decisão de não mais tocar no assunto. Nem mesmo com os filhos ela fala do episódio que está decidida a esquecer. E, neste momento, está tendo a alegria de curtir a chegada do netinho, recém-nascido, que chegou para alegrar a família.
