O município de Pará de Minas tem registrado, em média, dois casos de estelionato por dia, aplicados através do Pix. A informação revelada pela Polícia Civil serve de alerta para a população. Existem muitas outras modalidades de crimes mas, sem dúvida, esta é a mais popular na atualidade, segundo declaração feita pelo delegado Carlos Henrique Gomes Bueno, titular da Regional de Segurança Pública.
Com uma expertise capaz de convencer facilmente as pessoas, seja através de mensagens escritas ou telefonemas – inclusive para aparelhos fixos – os estelionatários têm dado prejuízos enormes. E o delegado Carlos Henrique alerta que, ao contrário do que muitos acreditam, as vítimas têm idades variadas e vão desde os jovens até os idosos.
Também não se pode julgar as vítimas pela baixa escolaridade. Não faz muito tempo, uma quadrilha que agia em Pará de Minas deu prejuízos enormes a médicos, dentistas, engenheiros e comerciantes. Todos eles caíram no golpe do cartão clonado, liberando senhas para supostas mensagens de gerentes bancários. Mais recentemente, alguns pais foram surpreendidos por falsos sequestros dos filhos e usaram o Pix pagando o ‘resgate’:
O delegado Carlos Henrique reconhece que é difícil recuperar prejuízos dados por esses golpes, mas aconselha as vítimas a registrar o boletim de ocorrência.
E a tendência dos golpes aplicados através do Pix é de aumentar, devido à popularização do sistema. A única maneira de evitar prejuízos é redobrar a atenção, porque os estelionatários geralmente surfam nas ondas populares.
Nesse sentido, o Pix aparece com destaque em situações que favorecem os golpes. Ele bateu novo recorde na modalidade transferências instantâneas, superando a marca de R$140 milhões em transações feitas no prazo de apenas 24 horas.
De acordo com o Banco Central, a demanda é tão alta que às vezes até compromete o sistema de transferências, como aconteceu na última semana. No Brasil, o Pix tem quase 152 milhões de usuários, dos quais 139 milhões são pessoas físicas e 13 milhões são pessoas jurídicas.
Fotos: Amilton Maciel Rádio Santa Cruz FM e Ilustrativa: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
