O Festival de Pipas e Papagaios, realizado no último domingo no estacionamento do Chicão, teve a presença de um bom público e coloriu bastante o céu, em meio ao tempo nublado da manhã. Mas nas redes sociais, pessoas que foram ao evento denunciaram a utilização de cerol por parte de alguns participantes, prática considerada criminosa.
Um caso compartilhado por um perfil de notícias chamou atenção. Nele, o pai de uma criança disse que o filho teve um ferimento abaixo do olho direito, possivelmente causado pelo cerol. Nos comentários, outros pais e mães também afirmaram ter flagrado o uso desse tipo de linha. Uma mãe comentou “meu filho perdeu 3 pipas cortadas por cerol”.
Houve, também, questionamentos sobre a fiscalização do evento, que poderia evitar o uso do cerol ou linha chilena entre os participantes. Atrás de um posicionamento, o Jornal da Manhã buscou informações com a Guarda Municipal. Em nota, o comando informou que os “agentes da corporação atuaram durante todo o Festival de Pipas e Papagaios e não receberam nenhuma notificação em relação ao caso em questão”, que se refere ao ferimento da criança.
Ainda de acordo com a Guarda, os profissionais da área da saúde que estavam de plantão também não foram acionados para atendimento durante a realização do evento. A secretária Municipal de Cultura, Andreia Paulino, não comentou o caso envolvendo o cerol, mas fez uma avaliação positiva da ação.
Ela ressaltou a presença dos guardas municipais para garantir a segurança do público e disse que o festival atraiu muitas famílias para um momento de diversão.
Como nunca é demais relembrar, o uso de cerol ou qualquer outra linha cortante para soltar pipas e papagaios é proibido. Quem for flagrado comercializando esses materiais pode ser multado em até R$ 179 mil, em casos de reincidência. Se os itens apreendidos estiverem em posse de crianças ou adolescentes, os responsáveis legais são notificados e o Conselho Tutelar acionado.
