A disparada dos casos de dengue ascendeu o sinal amarelo nas comunidades rurais. O mosquito Aedes aegypti também se faz presente nesses locais, onde há variadas opções de criadouros caso não haja o cuidado devido dos moradores.
Embora a zona urbana ainda seja a maior preocupação das autoridades, a situação dos distritos e povoados demanda de um olhar especial, e alguns fatores enfatizam essa necessidade do cuidado extra.
O primeiro deles, segundo a Emater, é que no campo, o raio de voo da fêmea do mosquito pode chegar a até um quilômetro, pois encontra áreas com poucas ou nenhuma barreira. Já no centro urbano, com aglomeração de pessoas, raramente esse raio ultrapassa os 200 metros.
Outra característica do vetor é que seus ovos podem sobreviver até 400 dias fora d’água. A engenheira ambiental Jane Terezinha Leal, coordenadora estadual de Saneamento Ambiental da Emater, orienta os proprietários rurais a identificarem possíveis criadouros para evitar a proliferação do mosquito.
Outra preocupação referente ao produtor é o destino do esgoto doméstico rural. Segundo a Emater, mais de 70% das propriedades rurais têm uma fossa rudimentar ou há ainda aqueles que lançam o esgoto direto em córregos e no solo. Essa água que fica escorrendo atrai vetores de doenças, como o próprio mosquito ou até mesmo ratos.
Em caso de dúvidas sobre o descarte correto, o produtor pode entrar em contato com a Emater, cujo escritório está localizado no Parque de Exposições de Pará de Minas. E ainda sobre os casos de dengue, a cidade chegou a 1.237 notificações prováveis da doença, segundo a última atualização do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde.
Na comparação com o último boletim divulgado no dia 15, houve aumento de 33% dos casos. As ocorrências prováveis de chikungunya também aumentaram. De 45 passaram 61. Pará de Minas ainda não tem nenhum caso suspeito de óbito em nenhuma arbovirose.
