Um marco histórico para a cultura mineira. O congado, que sempre foi uma das maiores expressões culturais de Minas Gerais, acaba de ser reconhecido oficialmente como patrimônio imaterial do Estado.
A partir de agora, essa cultura será salvaguardada como uma das mais valiosas atividades mineiras.
O anúncio foi feito pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, durante o primeiro festival “Cozinha das Afromineiridades”, em Belo Horizonte.
Um dossiê com mais de 900 cadastros de Guardas de Congo e Reinado em toda Minas Gerais também foi apresentado no festival. Desde então, a repercussão do assunto tem sido muito grande e já chegou a Pará de Minas, onde o diretor do Museu Histórico, Alaércio Delfino, falou da importância da iniciativa.
Segundo ele, esse reconhecimento é muito importante para a continuidade do movimento congadeiro.
Pará de Minas conta com seis Guardas de Congo e o município já se tornou pioneiro no registro dessa atividade como Patrimônio Imaterial do município, desde 2010.
Alaércio Delfino também aproveita a oportunidade e convida, em primeira mão, a população a prestigiar o próximo “Guardas no Museu”, ação cultural promovida uma vez ao ano, com apresentações das Guardas da cidade.
Os Reinados e Congados representam uma mistura de religião e cultura que permanecem até os dias atuais pela tradição. Em Pará de Minas, o registro mais antigo das Guardas de Congo é de 1.902, indicando que o folguedo já era manifestado no fim do século XIX. Durante as apresentações das guardas de congado, entoam-se cantos em honra a Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, São Jorge, Santa Efigênia e outros.