Como acontece a cada ano, estamos às portas de celebrar mais uma vez a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro, entre 1º e 8 de outubro de 2024. Por isso, convidamos você, agente da Pastoral Familiar, para que, em sua Paróquia, comunidades e pastorais, rezem e promovam a reflexão sobre a Semana Nacional da Vida.
A vida é dom de Deus
Deus nos chama à vida. Do princípio ao fim da Bíblia, um sentido profundo da vida em todas as suas formas e um senso de Deus nos revelam na vida, que o homem persegue com incansável esperança, um dom sagrado em que Deus faz resplandecer o seu mistério. No centro do Paraíso, Deus havia plantado “a árvore da vida”, cujo fruto devia fazer viver para sempre (Gn 3,22). O Deus que não se compraz com a morte de ninguém (Ez 18,32) se revelou, em Cristo, como “Deus dos vivos e não dos mortos”. Deus é o Pai de quem procede toda vida.
Cristo é, pois, o Verbo de vida por quem todas as coisas existem; é “ressurreição e vida”; é “o pão da vida” e quem come sua carne já tem em si a vida permanente; ele é a fonte que jorra vida eterna. Os milagres, especialmente as ressurreições, testemunham que ele veio para comunicar a vida; e constituem o sinal do destino ao qual a humanidade é chamada: a vida eterna. Podemos dizer que aí está toda a mensagem cristã: quem participa do Cristo, participa da vida. Por Cristo e pela sua ressurreição, quem crê, mesmo sabendo que deve morrer, vê a morte como um momento para passar a uma vida sem fim. A morte se torna “passagem”, assume assim o caráter pascal de vitória.
Neste momento da nossa história, a vida e a fé estão sendo atacadas com toda a força por uma cultura que caminha rapidamente na direção da autodestruição. Essa caricatura de cultura ataca diretamente a essência da pessoa humana. Por isso, o Papa Francisco denuncia: “não é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando uma vida humana” (Evangelii Gaudium, n. 214). A melhor maneira de defender, promover e cuidar da vida é celebrá-la!
“A vida humana é sagrada e inviolável em todos os momentos de sua existência. O homem, desde o ventre materno, pertence a Deus, que o forma e molda com as mãos e que vislumbra nele o adulto de amanhã.” (Evangelium Vitae, n. 61). Deus proclama-se Senhor absoluto da vida humana, criada à sua imagem e semelhança. Por isso, da sacralidade da vida deriva seu caráter inviolável, inscrito desde o início no coração e na consciência do ser humano.
A sacralidade e a inviolabilidade da vida humana estão presentes desde seus estágios iniciais até a sua finitude natural. Desse modo, na ampliação desse horizonte, percebe-se as periferias, inclusive existenciais, onde a vida está longe de ser considerada sagrada e inviolável. O descarte da vida humana é perceptível quando nos deparamos com a fome, o abandono, a violência, a exploração, o trabalho escravo, a migração forçada, os assassinatos, o descaso com os idosos e tantos outros atentados contra a vida. “Se não conseguimos recuperar a paixão compartilhada por uma comunidade de pertença e solidariedade, à qual saibamos destinar tempo, esforço e bens, desabará ruinosamente a ilusão global que nos engana e deixará muitos à mercê da náusea e do vazio.” (Fratelli Tutti, n. 36).
Oração do Nascituro
Nós vos louvamos, Senhor Deus da Vida.
Bendito sejais, porque nos criaste por amor.
Vossas mãos nos modelaram desde o ventre materno.
Nós vos agradecemos pelos nossos pais e todas as pessoas que cuidam da vida desde o seu início, até o fim.
Em vós somos, vivemos e existimos.
Abençoai todos que zelam pela vida humana e a promovem.
Abençoai as gestantes e todos os profissionais da saúde.
Dai às pessoas e às famílias o pão de cada dia, a luz da fé e do amor fraterno.
Nossa Senhora Aparecida intercedei por nossos nascituros, nossas crianças, nossos jovens, nossos adultos e nossos idosos, para que tenham vida plena em Jesus, que ofereceu sua vida em favor de todos. Amém!
Comissão Vida e Família/Setembro de 2024
Por Diocese de Divinópolis