A crise no atendimento das agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) continua gerando filas e atrasos na concessão de benefícios e aposentadorias em todo país.
Mais de um milhão e trezentos mil pedidos encaminhados ao Instituto estão sem análise há mais de 45 dias, que seria o prazo legal para uma resposta ao requerente.
Em Pará de Minas o maior problema está na espera para atendimento dentro da agência. Com apenas dois atendentes o tempo na fila se estende e muita gente acaba voltando pra casa sem uma resolução.
A nossa reportagem esteve na agência da rua Benedito Valadares, onde registrou o depoimento de vários cidadãos que reclamaram da demora e do número reduzido de atendentes.
Em alguns casos a espera chegou a duas horas.
O especialista previdenciário, Juvenal Heráclito Barbosa, o popular Borazinho, responsabiliza o Governo Federal pelas perdas no INSS, sobretudo em relação à redução drástica no número de servidores.
O Governo Federal chegou a sinalizar que autorizaria a contratação de militares da reserva para reforçarem o atendimento nas agências em todo Brasil. Acontece que a medida tem gerado polêmica, tanto em relação ao preparo dos militares para atuarem no instituto, quanto na constitucionalidade dessa decisão presidencial.
O próprio Tribunal de Contas da União (TCU) alertou que a contratação exclusiva de militares para o INSS é considerada inconstitucional e que, caso o governo leve a ideia adiante, deverá promover uma seleção de funcionários que mescle militares e civis. Enquanto isso, no Congresso Nacional tramita um projeto de lei que pode determinar o pagamento de danos morais para cidadãos que sofrerem prejuízos com a demora do INSS.
A indenização se aplicaria também a outras situações em que se configurasse falha na prestação do serviço por parte do instituto como o cancelamento indevido de pagamentos e demora na realização da perícia médica.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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