O Ministério da Saúde lançou uma campanha nacional de prevenção à gravidez na adolescência. Intitulada como “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois”, a proposta visa despertar a reflexão e promover o diálogo entre os jovens e suas famílias em relação ao desenvolvimento afetivo, autonomia e responsabilidade.
Dados do Ministério da Saúde revelam que aproximadamente 930 adolescentes dão a luz todos os dias no Brasil. Para cada mil adolescentes mulheres são registrados 68 nascimentos de bebês, média considerada elevada, que é superior à registrada no mundo e na América Latina.
Claudine Carvalho, coordenadora da maternidade do Hospital Nossa Senhora da Conceição, afirma que entre as causas para o alto índice retratado estão a falta de prevenção durante as relações sexuais e de orientação aos meninos e meninas, especialmente de seus pais.
A gravidez na adolescência é considerada uma gestação de risco e pode resultar em sérias complicações físicas para a mãe e o bebê, além de ocasionar problemas de natureza psicológica e social. Contudo, Claudine Carvalho considera que o fator mais perigoso para as adolescentes é o aborto.
A gravidez precoce também é uma realidade em Pará de Minas, com alta taxa de incidência entre meninas de 15, 16 e 17 anos. Com ampla experiência na área, Claudine acredita ser possível reduzir as estatísticas, mas para isso é preciso esforço de autoridades, dos pais e mesmo dos adolescentes.
Em nível mundial, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que mais de sete milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano ao redor do mundo, das quais dois milhões são menores de 15 anos. Vale lembrar que, na rede pública de saúde em Pará de Minas, são distribuídos preservativos gratuitamente.
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