Em meio à avalanche de denúncias que assombram a população de Itaúna, a Câmara Municipal aprovou a instalação de uma CPI para apurar as irregularidades que teriam sido cometidas pelo vereador Lacimar Cesário. Ele está sendo acusado de ter cobrado R$400,00 de uma família para furar a fila de atendimentos do SUS, diante da necessidade de realização de uma cirurgia urgente.
A denúncia já chegou ao Ministério Público, como foi noticiado pelo jornal A Folha. A família apresentou um áudio da conversa com o vereador Lacimar. Também existe outro áudio do vereador tratando do assunto junto ao secretário de Saúde de Itaúna. Lacimar nega tudo e surpreendeu os colegas ao incentivá-los a abrir a CPI. Segundo ele, esta Comissão Parlamentar de Inquérito vai apurar sua inocência. O vereador também considera uma boa oportunidade de combater o denuncismo.
Lacimar também está sendo acusado de manter uma “rachadinha” na Câmara, em que sua assessora era obrigada a devolver parte do salário para ele. Alguém entrou no gabinete dele e instalou uma câmera de vídeo que captou a conversa com uma ex-funcionária. As imagens viralizaram nas redes sociais e o escândalo da rachadinha ganhou muita repercussão nas ruas. Já as CPI’s contra a vereadora Otacília Barbosa não foram aprovadas.
Ela está sendo acusada por um cidadão de nome Tiago Joel de cometer nepotismo, tendo contratado o namorado como assessor. A segunda denúncia diz respeito ao acúmulo de salários da vereadora que também recebia pela função de Procuradora Jurídica da Casa. E o terceiro caso é de improbidade, já que a vereadora teria causado danos ao erário público ao determinar arquivamento de um processo administrativo contra uma empresa da cidade.
A decisão dos vereadores, em não criar as CPI’s, desagradou boa parte da população. Mas a sequência de escândalos políticos em Itaúna não termina aí. Segundo A Folha, depois de ser acusado pelo superfaturamento em obras de asfaltamento, o prefeito Neider Moreira responde a mais uma denúncia já apresentada na 2ª Vara Cível, agora por improbidade administrativa.
Pesa sobre Neider a acusação de fraude na licitação da compra de um veículo oficial para servir ao seu gabinete, pelo valor de R$104 mil. Conforme a denúncia, houve detalhamento excessivo do objeto, provocando frustração entre os concorrentes. E ainda segundo A Folha, um servidor público acabou confirmando que as características do veículo teriam sido retiradas do próprio site da fabricante.
Foi denunciado também o uso indevido do veículo oficial, diante do flagrante do prefeito e alguns servidores em um bar após o expediente. O prefeito ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto.
Foto: CMI/Divulgação
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