Preocupado com a alimentação das crianças de baixa renda, que estão longe das escolas nesse momento, o vereador Rodrigo Varela encaminhou ofício ao prefeito Elias Diniz solicitando a distribuição de gêneros alimentícios de primeira necessidade às famílias carentes de Pará de Minas.
Embora o governo estadual tenha anunciado o retorno das aulas na rede pública para 7 de abril, o vereador acha possível que isso não aconteça tendo em vista o avanço dos casos suspeitos do coronavírus em Minas Gerais.
Rodrigo sustentou no apelo dirigido à prefeitura que muitas crianças carentes também vão às escolas por causa da alimentação. A sugestão dele é que sejam feitos kits com pequenas porções de gêneros de primeira necessidade, a partir da confirmação do estado de carência das famílias.
A proposta do vereador é que o levantamento seja feito conjuntamente pelas secretarias de educação e Assistência Social:
Procurada pelo Jornal da Manhã a secretária de Educação, Marluce Pinto Coelho, informou que ainda não tomou conhecimento oficialmente da solicitação do vereador. Marluce disse que não existe o risco de perda dos alimentos da merenda escolar porque eles têm durabilidade para mais 30 dias. A secretária também não acredita que o Governo de Minas vá protelar o retorno às aulas, até porque todas as instruções para 7 de abril estão confirmadas.
E sobre a distribuição de kits de alimentos às famílias de baixa renda ela informou que de certa forma isso já está ocorrendo, através do Centro Pop e outras entidades que lidam com os carentes. Marluce comentou ainda sobre os dias parados que serão contabilizados como férias. Segundo ela, foi uma decisão do Governo de Minas e os municípios terão de cumprir.
O período de 23 de março a 6 de abril, equivalente a duas semanas, vai corresponder às férias que normalmente ocorreriam no mês de julho. Quando as aulas recomeçarem na semana que vem elas vão direto até outubro, onde acontecerá o recesso de uma semana. A novidade no caso é que o governo federal avalia a possibilidade de editar uma medida provisória para desobrigar as escolas a cumprirem 200 dias letivos agora em 2020.
O texto manteria a obrigação de 800 horas/aula no ano, mas abriria margem para a carga horária ser reduzida em número menor de dias, ou seja, a ideia é levar as unidades de ensino a aumentarem as horas de aulas diárias para vencer o calendário escolar. A medida valeria para o ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas.
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