Uma briga de moradores de rua no centro de Pará de Minas trouxe prejuízos para uma loja especializada na venda de roupas infantis, a Tutti Fruti. Alguns funcionários ficaram feridos e a polícia prendeu dois homens.
O episódio aconteceu na Praça Cônego Gabriel Hugo da Costa Bittencourt, em frente ao Santuário Nossa Senhora da Piedade, e começou com um bate boca entre dois mendigos visivelmente embriagados, segundo as testemunhas.
O motivo é que um deles teria abaixado as calças em plena praça para urinar e foi advertido pelo outro. O bate-boca ficou mais forte e os dois partiram para as vias de fato.
Um dos envolvidos entrou na loja e acabou quebrando o balcão de atendimento. Clientes e funcionários se assustaram muito, com medo dele estar armado. A comerciante Taninha Neves tentou tirar os dois do estabelecimento, mas não conseguiu. Ela lamentou o triste episódio:
A briga dos dois moradores de rua feriu a funcionária Cristiane de Souza Veríssimo. Não foram lesões graves, mas o susto enorme:
Taninha Neves cobra do poder público ações eficientes para reduzir o número de pessoas que vivem nas ruas de Pará de Minas:
E esse não foi o único caso da semana envolvendo moradores de rua na região central. Um homem de 43 anos também foi preso na Praça Padre José Pereira Coelho, por furto e perturbação aos consumidores. Mas esse é o tipo de situação em que as autoridades policiais não podem agir.
Se os andarilhos não praticarem ação criminosa o assunto fica no aspecto social, engessando as polícias Civil e Militar. O delegado responsável pela Regional de Segurança Pública de Pará de Minas, Carlos Henrique Gomes Bueno, falou ao JM:
Dr. Carlos Henrique admitiu que o número de ocorrências envolvendo moradores de rua tem aumentado e as autoridades da área de segurança pública só podem agir conforme preconiza a lei.
O delegado entende que a situação é complexa e exige uma discussão conjunta da sociedade civil com o poder público. Em Pará de Minas, um dos serviços oferecidos para os moradores de rua é o Centro Pop, que desenvolve atividades de convívio e socialização para incentivar a participação social das pessoas que vivem nas ruas.
Infelizmente, o que se percebe é que alguns andarilhos não enxergam nesse serviço uma oportunidade de recomeço, preferindo viver nas ruas em condições precárias de alimentação, higiene e saúde.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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