No início da pandemia um dos setores que se despontaram na economia foi o supermercadista. Com medo do desabastecimento e de um lockdown imediato, as famílias estocaram alimentos, produtos de limpeza e outros itens domésticos. O aumento no consumo levou os estabelecimentos a registrar picos de venda semelhantes aos de dezembro, quando as famílias costumam gastar mais para as festas de fim de ano.
Mas com o passar dos meses a crise econômica apertou, sobretudo no bolso do consumidor. O desemprego e a consequente redução da renda familiar está provocando agora um efeito inverso. Nos supermercados as vendas continuam, mas em ritmo menor que nos meses de março e abril. O empresário Márcio Pereira de Faria avalia o momento como de muita insegurança para o setor.
Em conversa com o JM, ele explicou que o auxílio emergencial tem ajudado muita gente neste período difícil, mas não acredita que essa ajuda governamental será prorrogada por muito mais tempo:
Em relação à queda nas vendas, de acordo com levantamento da empresa XP Investimentos, representando cerca de 45% do varejo os supermercados passaram de uma alta de 14,2% em março, na comparação com o mês anterior, para uma queda de 11,8%. Já na comparação de igual período em 2019, as vendas nesses estabelecimentos desaceleraram de uma alta de 11% em março para 4,7% em abril.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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