Na última semana, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou a liberação de mais 38 defensivos agrícolas para o uso de agricultores. Segundo a pasta, os novos registros são importantes, pois diminuem a concentração do mercado e aumentam a concorrência, reduzindo custos de produção da agricultura brasileira.
Ainda de acordo com o Mapa, os produtos foram analisados e aprovados pelo Ibama e Anvisa, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. Com essa nova leva, já são mais de 200 registros de novos defensivos, ou também chamados de agrotóxicos, no ano de 2020.
É quase a metade de tudo o que foi registrado no ano passado, quando o Ministério da Agricultura autorizou 474 produtos. Embora a medida tenha intuito de fomentar a agricultura nacional, ela gera desconfianças quanto às consequências ao meio ambiente. Há pessoas contrárias à liberação em massa por acreditarem que o uso desenfreado pode prejudicar o solo.
Na opinião de Geraldo Sérgio dos Santos, membro da Associação dos Revendedores de Agrotóxicos e Insumos Agrícolas de Pará de Minas e Itaúna (Ardiacom), o problema não é o defensivo, mas sim a forma como ele é utilizado.
Geraldo Sérgio, que também é coordenador do curso de Gestão do Agronegócio na Fapam, acredita ser necessária maior conscientização sobre o uso dos defensivos entre a população, a fim de fortalecer a agricultura e minimizar os impactos ambientais e para a própria saúde humana.
É importante lembrar que, pela legislação brasileira, tanto produtos biológicos utilizados na agricultura orgânica quanto químicos utilizados na produção convencional são considerados agrotóxicos.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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