Em fevereiro o JM divulgou uma reportagem que apresentava a situação do mercado de latinhas de alumínio. O setor vivia uma espécie de crise, devido ao alto volume de produtos nos depósitos e ferros velhos, que fez com que o preço dos recicláveis despencasse.
Com o início da pandemia, em março, o quadro ficou ainda pior. Com a paralisação de diversas fábricas de componentes automotivos, que utilizam as latinhas como matéria prima, o material seguiu acumulado nos depósitos.
Mas agora, aos poucos, estas indústrias vêm retomando a atividade, movimentando novamente a comercialização do alumínio. Quem está acompanhando esta retomada é Marinho Caetano, proprietário de um Ferro Velho na rua Frei Egídio, bairro São Francisco.
Segundo ele, além da facilidade para vender o alumínio, o bom momento também se justifica pela queda na oferta, ou seja, não tem sido fácil coletar latinhas ultimamente, já que os eventos e festas populares, onde grande parte do material era encontrada, não está mais acontecendo.
Marinho conta que grande parte das latinhas coletadas em Pará de Minas é vendida para empresas locais, que promovem a prensa do material e dão encaminhamento para as fábricas de bloco de motores automotivos e outras peças. Quanto ao sumiço das latinhas, se engana quem pensa isso aconteceu devido a uma queda no consumo de álcool.
Na verdade, durante a pandemia, as pessoas têm bebido mais, isto apontam diversas pesquisas realizadas ao redor do país. Por estarem mais tempo dentro de casa, os consumidores, que antes só bebiam aos sábados e domingos, quando iam a festas e outros eventos, passaram a consumir álcool também durante a semana.
E essa prática tem sido mais frequente devido à maior disponibilidade do produto. Mas como a bebida é consumida no domicílio, onde há uma estrutura maior com copos e taças, as garrafas de vidro são mais utilizadas, o que explica a queda nas vendas de bebidas enlatadas.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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