Representantes da subsede de Pará de Minas do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE) não esconderam a surpresa com a decisão da Assembleia Legislativa em aprovar a reforma da Previdência dos servidores estaduais.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, o coordenador Rondinelli Alves disse que ficou decepcionado com os parlamentares que defendiam a educação pública e mesmo sabendo dos efeitos negativos da proposta à categoria, votaram favoráveis.
Entre os pontos principais da reforma estão as novas alíquotas para servidores ativos e inativos e o tempo de contribuição. No caso dos professores, por exemplo, eles vão se aposentar aos 60 anos ,no caso dos homens, e 57 anos para as mulheres.
O tempo de contribuição para a categoria é de 25 anos, mas é necessário que todo o período seja em efetivo exercício do magistério. Rondinelli Alves lamentou as mudanças:
O sindicalista também criticou a falta de diálogo com os servidores e disse que o governo transferiu a discussão para quem não é da área.
Apesar de lamentar boa parte da reforma Previdenciária, Rondinelli Alves disse que a luta do Sind-UTE não foi em vão. Ele citou um ponto importante conquistado por meio dos esforços e das mobilizações dos servidores.
Pelo projeto aprovado, a progressão obedecerá a seguinte ordem: 11% para quem recebe até R$ 1.500; 12% para quem recebe de R$ 1.500,01 até R$ 2.500; 13% para quem recebe entre R$ 2.500,01 até R$ 3.500; 14% para quem recebe entre R$ 3.500,01 até R$ 4.500; 15% para quem recebe entre R$ 4.500,01 até R$ 5.500; 15,5% para quem recebe entre R$ 5.500,01 até R$ 6.101,06; 16% para quem recebe acima de R$ 6.101,06.
Após a sanção do governador Romeu Zema, a Reforma da Previdência mineira terá 90 dias para entrar em vigor. Até o momento, o Sind-UTE não convocou nenhuma manifestação de protesto contra a decisão, em virtude da pandemia da Covid-19.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM
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