A pandemia da Covid-19, sobretudo nos primeiros meses, fez com que as famílias precisasse passar mais tempo dentro de casa. E a consequência desse confinamento foi o aumento do consumo de alimentos.
Seja estudando de forma remota, trabalhando em home office ou mesmo cuidando dos afazeres domésticos, não há quem resita ficar dentro de casa sem visitar a geladeira ou a dispensa várias vezes ao dia.
Além, é claro, das refeições tradicionais como o café da manhã, almoço, lanche da tarde e o jantar. Com essa de beliscar alguma coisa o tempo todo os gastos com supermercado e padaria foram nas alturas.
E quem ficou feliz de verdade foram os empresários desses setores, que passaram a vender bem mais durante este período. Sobre o assunto nós conversamos com o empresário Luiz Carlos Pessamílio, da padaria Paladar.
Segundo ele ao longo deste ano o volume de vendas realmente aumentou. Apesar disso, Luiz reconhece que esse crescimento não refletiu na percepção de lucros.
Luiz explica que os gastos para a produção do pão e de outras quitandas aumentaram muito com a alta do dólar, fazendo com que o setor não conseguisse comemorar o aumento nas vendas.
O empresário lembra que a estratégia para continuar vendendo neste período foi justamente a de reduzir a margem de lucro, para que os consumidores não precisassem absorver todo o aumento dos insumos.
De acordo com Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a farinha de trigo já acumulou uma alta de 46% nesta temporada, impulsionada pela baixa oferta do grão e da alta do dólar, situação que não deve mudar em curto prazo.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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