Quase um ano depois da chegada da pandemia da covid-19 Brasil, a população ainda tenta se adaptar à realidade imposta pela doença.
Uso de máscaras, higienização constante das mãos, distanciamento social e outros hábitos passaram a fazer parte da rotina das pessoas, impactando não apenas os aspectos econômico e social, mas a saúde mental da população.
Os casos de estresse e depressão, inclusive em crianças, não param de crescer, chamando atenção de especialistas, e esse cenário desencadeou fatores de risco para muita gente.
Uma pesquisa recente, chamada “ConVid Comportamentos”, realizada em parceria pela Fiocruz, Unicamp e UFMG, mostra que dos milhares de entrevistados 40% disseram ter sentimentos de tristeza ou depressão enquanto 52% experimentam sentimentos de nervosismo ou ansiedade, muitas vezes ou sempre durante a pandemia.
O estudo ainda revelou que 34% dos fumantes aumentaram o número de cigarros consumidos por dia e 17% das pessoas elevaram o consumo de álcool.
Ciente dessa realidade a psicóloga Marina Saraiva, coordenadora do Setor de Atenção à Saúde Mental de Pará de Minas, diz que o momento exige muita reflexão para que possamos criar alternativas e fugir dos agravos provocados pela covid-19.
Para que a população enfrente o momento, Marina Saraiva destaca a compreensão de que todos estamos vulneráveis a adoecer a mente.
Outro ponto que chama atenção nas pesquisas de depressão é que, cada vez mais, o público infantil está envolvido nas estatísticas. Um estudo feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou que o aumento de casos da depressão na infância atingiu 8% na última década.
Para Marina Saraiva, mais do que nunca os pais precisam estar sempre presentes no crescimento dos filhos e, sempre que necessário e possível, consultar um profissional de psicologia para evitar que as crianças sejam acometidas pelo transtorno.
Foto: Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação
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