Representantes das escolas particulares de Pará de Minas estiveram na Câmara Municipal pedindo ajuda para o retorno das aulas presenciais nas instituições.
Com apoio da médica pediatra e infectologista Mariana Boaventura, o grupo defendeu que a educação deve ser encarada como atividade essencial e que a volta dos alunos aconteça na modalidade ensino híbrido, que mescla aulas presenciais e a distância, de maneira facultativa.
A decisão dos diretores de recorrer aos vereadores é que eles tentaram todas as alternativas junto à prefeitura. O diálogo começou em julho do ano passado, em uma reunião com a secretária de Educação, Marluce de Souza Pinto Coelho.
No entanto, a conversa não surtiu efeito e um novo encontro aconteceu somente em dezembro, desta vez com a participação do prefeito Elias Diniz. Segundo Fernanda Faria, diretora da Estação do Saber, a reunião foi marcada por muita fala e pouca ação. Em janeiro, nova frustração.
Os diretores foram chamados para uma reunião do Comitê de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19 e ficaram decepcionados com a falta de argumentos e a flexibilização para o funcionamento dos bares. Durante sua fala na tribuna da Câmara, Fernanda Faria desabafou.
Como responsável pela administração de sua escola, Fernanda Faria admitiu que o aspecto financeiro também pesa na solicitação do retorno das aulas, já que a rede privada emprega dezenas de pessoas direta e indiretamente.
O apelo dos diretores das escolas privadas ganhou força com o apoio da médica pediatra e infectologista Mariana Boaventura. Com discurso técnico, embasado em vários estudos, a profissional apresentou aos vereadores os argumentos pelos quais o retorno pode acontecer de forma segura.
Outro argumento usado pela pediatra é sobre as consequências do isolamento social nos aspectos sociais e psicológicos das crianças e adolescentes.
Depois de ouvir Fernanda Faria e Mariana Boaventura, alguns vereadores se manifestaram. Marcílio Souza e Márcia Marzagão declararam que o assunto deve ser tratado com seriedade diante do que foi apresentado pelas duas profissionais.
E quanto à rede pública, embora o início das aulas esteja confirmado para o dia 4 de março, ainda não há qualquer informação de como esse processo acontecerá. O JM conversou por telefone com a secretária municipal de Educação e Marluce Pinto Coelho disse que está aguardando informações da Superintendência Regional de Ensino, já que a rede municipal vai seguir as diretrizes da estadual.
O calendário escolar garante 200 dias letivos. O segundo semestre está marcado para começar no dia 3 de agosto, com encerramento previsto para 17 de dezembro. A perspectiva de retomada das aulas presenciais em março alegra muitos pais, mas já provoca protestos por parte do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais que considera muito cedo para isso. Segundo a entidade, é preciso definir um bom protocolo sanitário porque, ao contrário das escolas particulares, as salas de aula da rede pública são sempre muito cheias.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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