O número de adeptos do ciclismo em Pará de Minas não para de crescer, tanto para o lazer como para atividade física ou transporte preferencial do dia a dia. Acontece que as mudanças no trânsito não seguiram o avanço da popularidade das bicicletas.
E não foi por falta de ativismo político que o trânsito não acompanhou esta tendência. O vice-presidente da Associação dos Ciclistas de Pará de Minas, (Asciclis), Jairo Mendes Ferreira, lembra que por muitos anos a entidade se esforçou para conseguir obras de acessibilidade voltadas para a segurança dos ciclistas.
Mas os resultados não apareceram e muitos membros da associação perderam a esperança de ver a instalação de ciclovias ou ciclofaixas. Essas benfeitorias até chegaram a aparecer nos planos de governo dos candidatos à prefeito mas, ao longo dos anos, foram esquecidos:
O vice-presidente da Asciclis entende que o problema não é um privilégio de Pará de Minas, já que o desinteresse das autoridades pela valorização do ciclismo é nacional.
Ele cita a Lei de Mobilidade Urbana, promulgada em 2012, que deveria ser direcionada à acessibilidade de forma geral, mas privilegia o tráfego de veículos motorizados.
Isso é um sinal muito claro de que a sociedade brasileira ainda não tem uma consciência coletiva sobre o valor do transporte saudável e ecológico.
Segundo Jairo, a esperança agora está nas próximas gerações de ciclistas. A expectativa dele é que os jovens tomem consciência de sua responsabilidade política e social, e insistam nesse sonho.
Enquanto as novas políticas de segurança e acessibilidade não são implementadas, Jairo orienta os ciclistas a se proteger utilizando os equipamentos de segurança, sinalizadores e redobrando a atenção ao circular pelas vias públicas.
Fotos: Santa Cruz FM/ Germano Santos e Amilton MacielHá 0 comentários. Comente essa notícia.