Nesses meses difíceis, especialistas do mercado financeiro e o próprio governo federal reconhecem que o agronegócio é o setor que continua carregando a economia nacional.
Tanto no mercado interno como externo a agroindústria se manteve aquecida, garantindo a produção e comercialização de alimentos e insumos para o Brasil e seus parceiros internacionais.
Mas do outro lado da ponta, caso das lojas especializadas em insumos, defensores agrícolas e ferramentas, o mercado não tem sido tão generoso.
A avaliação é de Tomás José Mendes Soares, da Comercial Soares. Mesmo com as portas abertas, garantidas pelo status da atividade essencial, a alta nos preços e as dificuldades para reposição dos estoques refletiram negativamente nas vendas.
No campo, os resultados também não são muito satisfatórios. Segundo Tomás, a produção caiu desde o ano passado e um exemplo bem próximo da nossa realidade é a tomaticultura. Estima-se que a região de Pará de Minas, que já foi referência na produção de tomate, não esteja conseguindo colher nem 30% do volume esperado. Tomás ainda chama atenção para a pecuária, sobretudo os preços elevados dos grãos e outros insumos.
Uma explicação para esta alta é a valorização da moeda norte-americana que puxa para cima os preços dos insumos que são, em sua maioria, produtos importados. No caso dos agroquímicos ou defensivos, o aumento já chegou a 20% em algumas situações.
Quanto aos fertilizantes, a conta ficou ainda mais cara para o produtor. Levantamento feito pelo projeto Campo Futuro mostra que em janeiro deste ano os gastos para adubação em algumas regiões foram 42% maiores que em 2020.
Fotos Ilustrativa: Helger11/pixabay.com e Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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