Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta novamente que a violência e suas consequências afetam os direitos humanos fundamentais, além de serem consideradas um grave problema de saúde pública ao redor do mundo.
E quando esta violência recai sobre as crianças o problema é ainda mais grave, já que os abusos acontecem justamente numa das fases da vida de maior vulnerabilidade.
Daí a importância desta data, que foi instituída para mobilizar a sociedade através de caminhadas, audiências públicas, debates, concurso de redação e várias outras iniciativas com temáticas de prevenção à violência sexual.
Em Pará de Minas, o órgão incumbido das atividades voltadas para o combate e prevenção é o Centro de Referência Especializada em Assistência Social (Creas) que atua diretamente com as vítimas desse tipo de violência.
Mas neste ano as ações serão limitadas às parcerias firmadas com a rede de ensino. A informação é da coordenadora do Creas, Angélica Varela:
Perguntada sobre a situação de Pará de Minas, em relação aos casos de abuso e violência sexual contra menores, Angélica informou que os casos que chegam ao Creas não refletem a realidade do município, que deve ser muito mais grave.
Por sua vez, o delegado Carlos Henrique Gomes Bueno, responsável pela Regional de Segurança Pública de Pará de Minas, revelou que há um aumento considerável dos casos na cidade.
O delegado também lembra que grande parte dos abusos contra crianças acontece dentro de casa, praticados por padrastos, tios, primos e outros parentes próximos. Por isso é tão importante ficar atento ao dia a dia doméstico e denunciar sempre que necessário.
O 18 de maio foi escolhido como enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes porque neste mesmo dia, só que em 1973, na cidade de Vitória (ES), aconteceu um crime bárbaro, que chocou todo o país, e ficou conhecido como o "Caso Araceli".
Esse era o nome da menina de oito anos de idade, que teve todos os seus direitos humanos violados. Ela foi raptada, estuprada e morta por jovens de classe média alta. O crime, apesar de sua natureza hedionda, até hoje segue impune.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM e Prefeitura de Pará de Minas
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