O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pará de Minas se posicionou contrariamente à volta das aulas presenciais na cidade.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, a presidente Tânia Valeriano Chaves Leite disse que o momento ainda não é ideal para o retorno das atividades e criticou a falta de uma capacitação das equipes escolares.
A volta das atividades pedagógicas presenciais já foi alinhada entre as secretarias de Educação e Saúde e a previsão é que aconteça no início de agosto.
No entanto, a autorização ainda precisa ser dada pelo Comitê Municipal de Enfrentamento à Covid-19, que deve reunir seus representantes hoje à tarde.
Para a sindicalista Tânia Leite, a pandemia ainda está em um período crítico, especialmente agora com a circulação da variante Delta em São Paulo. Por isso, o momento é inoportuno para retomada das aulas presenciais.
Tânia já discutiu o assunto com o Conselho Municipal de Educação e a Comissão de Educação da Câmara Municipal. Ao JM, ela acrescentou que a autorização pode ser considerada um ato de irresponsabilidade.
A sindicalista negou que o posicionamento contrário se deve ao fato de que os profissionais não querem voltar ao modelo presencial.
Por fim, Tânia Leite também criticou a falta de capacitação das equipes escolares para a volta das aulas presenciais e reforçou a atenção especial que se deve ter com a educação infantil.
Com relação à qualificação das equipes, a Secretaria de Saúde informou que já realizou o trabalho de preparação dos profissionais das redes municipal e privada e também iniciou a ação junto aos servidores da rede estadual. Já sobre o protocolo, conforme o Jornal da Manhã divulgou na última segunda-feira, a Secretaria de Saúde precisou atualizar as normas devido às mudanças feitas pela Secretaria Estadual de Educação.
O novo conjunto de regras estará alinhado com o que foi proposto pelo governo de Minas. No que diz respeito à autorização para a volta das aulas presenciais, a pasta alega que a decisão é reflexo do avanço no enfrentamento à pandemia, com o andamento da vacinação anticovid, sobretudo nos profissionais da educação. O retorno, se oficializado, será híbrido para todos os níveis de escolaridade, portanto irá mesclar aulas online e presenciais.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz FM
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