A seca persistente e a consequente crise energética que vêm preocupando as autoridades nacionais e a população em geral, já estão afetando o homem do campo.
Na roça, a falta d’água é sentida de forma mais agressiva, influenciando diretamente na produção agrícola e na alimentação dos animais. A consequência prática de tudo isso em médio e longo prazo é uma safra reduzida e perdas significativas na comercialização dos produtos.
A falta de chuvas tem provocado, inclusive, a insegurança dos produtores que começam a frear os investimentos, adiando os projetos de expansão. O gerente da agência do Banco do Brasil em Pará de Minas, Ricardo Faria, tem percebido esse comportamento na região.
Segundo ele, os produtores desapareceram do banco. Ao contrário de antes, eles buscam cada vez menos recursos para investimentos rurais. A esperança dele é que esse comportamento seja momentâneo.
Ricardo Faria lembra que as linhas de crédito continuam disponíveis para o agronegócio e o mesmo vale para o Pronaf, que é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar. Ele informa a documentação necessária para que as famílias interessadas nesse apoio financeiro façam a solicitação ao banco.
Apesar da queda na procura pelo crédito rural em Pará de Minas neste período de estiagem, a movimentação de recursos para o agronegócio ao longo de 2021 no Brasil vem superando as expectativas.
De acordo com informações do Banco do Crédito Rural, os produtores, cooperativas e a agroindústria contrataram mais de R$ 64 bilhões em financiamentos nos dois primeiros meses de operação do Plano Safra 2021/2022. O desempenho favorável resultou numa alta de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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