Com os consecutivos aumentos no preço da gasolina, assim como dos combustíveis de forma geral, os motoristas brasileiros vêm mudando a rotina.
Muitos, sempre que possível, têm optado por alternativas econômicas como as saídas compartilhadas, levando mais gente num único carro, ou substituindo o automóvel pela motocicleta, que gasta menos combustível.
Outros começaram a unir economia e atividade física, indo a pé ou de bicicleta para o trabalho, deixando o veículo motorizado apenas para os dias de chuva e fins de semana.
O preço da gasolina não para de subir. Houve aumento pela 8ª semana consecutiva, fazendo com que o preço médio ao redor do país ultrapassasse os R$6,00. Dependendo da região, ele já passou dos R$7,00.
Para quem trabalha com transporte a preocupação é ainda maior, já que tudo deve ser bem pensado para que a atividade profissional não seja afetada, como é o caso dos taxistas.
De acordo com Marcos Antônio de Lima, presidente da Associação dos Taxistas de Pará de Minas, a classe tem se desdobrado bastante para manter as tarifas, como forma de evitar o afastamento dos clientes.
Nos grandes centros, muitos motoristas de aplicativos têm negado as corridas curtas sob a justificativa de que elas não valem à pena. A explicação deles é que o valor cobrado do passageiro seria tão pequeno que não cobriria os gastos com combustível. Mas por aqui a situação é favorável às pequenas corridas, porque os taxistas trabalham por bandeirada, que tem valor fixo cobrado já no início do trecho. Nesse caso, os percursos pequenos chegam a ser até mais rentáveis.
O líder dos taxistas lembra que a bandeirada garante aos motoristas uma reserva financeira para manutenção e até a troca dos veículos.
Marcos Lima defende que os motoristas de aplicativo também criem uma política de bandeirada, para que tenham melhores condições de trabalho.
Foto: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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