O volume de denúncias sobre violência contra a população idosa no Brasil cresceu muito na pandemia. O vírus fez com que os maiores de 60 anos ficassem mais tempo em casa e foi justamente no ambiente doméstico que os agressores apareceram. O dado foi confirmado durante um seminário sobre a violência contra os idosos, realizado pela Câmara dos Deputados.
Entre janeiro e junho deste ano, quase 40 mil notificações foram registradas pelo Disque 100. Entre elas, 29 mil relativas à violência física. A maior parte das vítimas tinha entre 70 e 74 anos e era do sexo feminino.
O cenário nacional também reflete a realidade de Pará de Minas. Por aqui os casos também aparecem com certa frequência, segundo confirmação de José Raimundo de Almeida, membro do Conselho Municipal dos Direitos do Idoso. Um levantamento mostra que os casos de violência física geralmente são combinados com a violência patrimonial, que ocorre quando filhos ou outros parentes agridem ou ameaçam os idosos para tirar algum proveito financeiro.
O conselheiro relatou um caso recente, em que foi obrigado a acionar o Ministério Público para interromper a frequência de agressões sofridas por uma idosa:
Neste caso a agressor foi preso mas, na maioria das vezes, os idosos não denunciam e sofrem calados todo tipo de violência. José Raimundo faz um apelo para que as pessoas não tenham medo de pedir ajuda. E também alerta à comunidade em geral para ter mais caridade e carinho no cuidado com os idosos:
Um dos canais de denúncia é o Disque 100, mas também é possível acionar a segurança pública através do 190, da Polícia Militar, ou diretamente no Conselho dos Idosos, pelo telefone 3236 3297.
FOTO: Rádio Santa Cruz FM/Amilton Maciel
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