A população de Pará de Minas tem se mostrado cada vez mais preocupada e consciente com relação à separação entre o material reciclável e o lixo orgânico.
Com o passar do tempo e o incansável trabalho da Associação dos Catadores de Recicláveis de Pará de Minas (Ascamp), assim como de entidades e voluntários ligados às questões ambientais, as famílias vêm mudando sua rotina para colocar na rua o material devidamente selecionado, a fim de facilitar o trabalho dos coletores.
Se fosse para avaliar o comportamento da população nesse sentido, a nota estaria próxima de 10. Acontece que esse resultado não tem sido observado no volume de material coletado pela Ascamp.
É que a associação continua enfrentando um antigo problema: os catadores independentes. De acordo com o associado, Mauro Lúcio da Silva, eles aumentaram muito ultimamente, criando uma concorrência capaz de fazer despencar o faturamento da associação.
A triadeira da Ascamp, Sandra Dias Carvalho, entende que há espaço para todos no mercado, mas critica a estratégia usada pelos chamados “atravessadores” que passam nos locais antes do caminhão da Ascamp, deixando apenas o material considerado inferior.
Na tentativa de mobilizar a população de Pará de Minas para esta situação, Sandra pede que as pessoas se atentem para os dias e horários da passagem do caminhão da Ascamp, colocando o material para fora de casa só alguns momentos antes da coleta.
Ao longo de 2021 a associação viu cair em quase 50% sua arrecadação em Pará de Minas. O percentual variou bastante mês a mês, mas agora, com a proximidade das festas de fim de ano, a expectativa é que o volume de material reciclável cresça novamente. Mas tudo depende da colaboração da população e de menor interferência dos atravessadores.
Fotos: Amilton Maciel/Rádio Santa Cruz FM
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