Em meio aos protestos de servidores da educação e das forças de segurança, o governo de Minas enviou para a Assembleia Legislativa um substitutivo ao projeto de lei que prevê o reajuste salarial do funcionalismo público estadual.
O novo texto estabelece o pagamento do reajuste de 10,06% nos vencimentos de forma retroativa a janeiro de 2022 para os servidores da Saúde e da Segurança Pública, assim como já havia sido previsto para a Educação.
Em coletiva de imprensa, o governador Romeu Zema explicou que o Estado chegou ao limite do que pode oferecer aos servidores, propondo um valor que respeita as limitações orçamentárias e fiscais.
Outra novidade no texto é o acréscimo de mais uma parcela do abono fardamento, também conhecido como auxílio vestimenta para as forças de segurança. Ao invés de três parcelas, como previsto anteriormente, agora o governo oferece quatro.
Segundo Zema, elas passarão a ser pagas nos meses de fevereiro, maio, agosto e novembro. As medidas anunciadas terão impacto no caixa estadual de quase R$ 5 bilhões por ano.
De acordo com o Estado, o substitutivo deverá ser analisado em regime de urgência pelo Legislativo. Para isso, foi enviado o pedido de retirada da urgência do projeto do Regime de Recuperação Fiscal.
Presentes na coletiva, os comandantes das Forças de Segurança, como Polícias Civil e Militar e Corpo de Bombeiros, demonstraram apoio ao projeto do governo, afirmando entender que o Estado chegou ao limite.
Já os nove sindicatos das polícias mineiras não aceitam a proposta, exigindo os 24% combinados em 2019. A categoria já marcou outra grande manifestação para o dia 21 de março. Os servidores afirmam que o anúncio do governador motivou ainda mais eles continuarem a luta pelo cumprimento do acordo assinado com a classe.
Foto: Arquivo Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.