Embora a frota de veículos continue crescendo, a profissão de borracheiro não aparece com frequência entre as mais desejadas pelos jovens que se preparam para ingressar no mercado de trabalho.
Uma forma de perceber o desinteresse das novas gerações pelo ofício é a longa carreira dos profissionais que estão na ativa e a dificuldade dos empresários do setor em substituir os que se aposentam ou decidem mudar de profissão.
Também é comum as pessoas procurarem sempre as mesmas borracharias, onde os trabalhadores estão alocados há décadas. É o caso de Jesus Gonçalves Reis, borracheiro há 42 anos que já começa a encontrar dificuldades para encontrar ajudantes e possíveis sucessores.
Outro fato que também desestimula o surgimento de novos profissionais na área é a maior durabilidade dos pneus que, sem câmara e com alta tecnologia, quase não furam. Com isso os donos de veículos passam anos sem precisar da troca.
Segundo Jesus, o serviço de reparo e troca de pneus só ganha destaque nos períodos chuvosos, quando as pistas ficam danificadas e os buracos contribuem para o surgimento de defeitos nos veículos.
A partir de agora, com a proximidade do período da seca, a tendência é que o movimento nas borracharias diminua, mas Jesus deixa um alerta aos motoristas, lembrando que é sempre importante verificar a calibragem dos pneus, para garantir a segurança e a durabilidade deles. Ele também chama atenção para os pneus sobressalentes, que devem estar sempre em dia para que possam funcionar com segurança durante uma troca de emergência.
Foto: Arquivo/Rádio Santa Cruz
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