O Ministério Público de Minas Gerais apresentou mais uma denúncia contra o prefeito de Itaúna, Neider Moreira. Ele está sendo acusado agora de possível participação em um crime de “rachadinha”, que é cometido quando se exige a devolução de parte do salário recebido por uma pessoa apadrinhada.
A denúncia da Procuradoria de Justiça Especializada no Combate aos Crimes Praticados por Agentes Políticos Municipais ainda aponta outros envolvidos, caso do secretário de Finanças, Valter Gonçalves do Amaral (que na época exercia o cargo de chefe de Gabinete) e do ex-secretário de Regulação Urbana, Paulo de Tarso.
Segundo a denúncia, o esquema da “rachadinha” funcionou entre abril de 2018 a março de 2021, visando à reeleição do prefeito. O escândalo surgiu na Câmara de Itaúna, quando o vereador Alexandre Campos acusou recebimento de dinheiro cobrado dos ocupantes de cargos comissionados.
Nas audiências realizadas pelo Ministério Público, vários servidores confirmaram a exigência da devolução em espécie, a título de contribuição com o partido. O dinheiro era colocado em um envelope.
Em nota, a defesa do prefeito Neider Moreira declarou que recebeu a denúncia com surpresa, já que não há qualquer comprovação de prática desta natureza. O texto diz que a denúncia ventilada carece de lastro probatório, pois está baseada tão somente em alegações de opositores políticos. Segundo a defesa, não há sequer uma única referência de que o prefeito tenha incorrido na cobrança de qualquer tipo de contribuição dos funcionários.
Por fim, a defesa informa que respeita a instituição do Ministério Público mas repudia esse tipo de espetacularização promovida e, assim que tiver acesso à íntegra do processo, adotará as medidas cabíveis para responder a ação.
Foto Ilustrativa: Divulgação/Prefeitura de ItaúnaHá 0 comentários. Comente essa notícia.