A caderneta de poupança está deixando de ser a queridinha dos trabalhadores. Desde o início do ano o volume de retiradas vem registrando recordes no país. O fato pode ser explicado de duas maneiras. De um lado estão os poupadores que, sem alternativa, têm usado as reservas para controlar o orçamento doméstico, diante do achatamento dos salários.
E na outra ponta aparece o grupo de aplicadores decepcionado com o baixo rendimento da poupança. A alta da taxa básica de juros (Selic) ajuda a explicar esse movimento de saída. A Selic está batendo na casa dos 13% ao ano, enquanto a poupança tem seu rendimento travado em pouco mais de 6%.
Até recentemente, a poupança rendia 70% da Taxa Selic, mas desde dezembro do ano passado, a aplicação passou a render o equivalente à taxa referencial mais 6,17% ao ano, porque a Selic voltou a ficar acima de 8,5% ao ano. Tradicionalmente, os primeiros meses do ano são marcados pelo forte volume de saques na poupança, por ser um período de pagamento de impostos e muitas despesas.
Mas a novidade de 2022 tem sido os recordes sucessivos de saques. O Jornal da Manhã levantou o assunto junto aos bancos locais, recebendo a confirmação de que também em Pará de Minas os saques estão crescendo. E comparação com o ano passado, as retiradas já aumentaram em 25%.
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