O Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Pará de Minas continua vivendo momentos difíceis. A entidade que já contabilizou centenas de associados tem menos de 50 filiados agora, fazendo contribuição regular.
Além das mudanças na legislação trabalhista em 2019, o fechamento de algumas indústrias e a redução do quadro de trabalhadores em outras, acabou refletindo diretamente na entidade de classe, tanto na sua atuação como na situação financeira.
O presidente Neuler Ribeiro ainda cita a pandemia e seus reflexos na economia mundial como agravantes da situação, fazendo com que a entidade entrasse praticamente em colapso.
Neuler já enxugou o quadro de funcionários, reduziu salários, encolheu a oferta de serviços oferecidos aos associados e ainda está encontrando dificuldades para manter as portas abertas.
Ao receber a reportagem do Jornal da Manhã, o sindicalista avaliou a movimentação das indústrias têxteis ainda em atividade no município.
Uma das esperanças de retomada para o Sindicato foi o anúncio, ainda antes da pandemia, da possibilidade de reativação da antiga Horizonte Têxtil, com o nome de Arizona Têxtil.
Como se sabe, a fábrica chegou a passar por algumas obras e adequações mecânicas para reativação do maquinário, mas a pandemia jogou um balde de água fria no projeto do grupo empresarial liderado por Jairo Lessa.
Neuler não acredita mais na reativação da fábrica, a menos que isso seja feito através de parcerias com outros grupos empresariais que viabilizem o projeto.
A baixa expectativa do sindicalista é amparada por outros fatores que também dificultam a expansão do parque fabril. Com a pandemia de covid-19 o setor sentiu o impacto da inflação mundial, sobretudo pelo encarecimento do algodão e outros insumos.
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