Se há poucos anos os roubos eram a principal dor de cabeça para a sociedade e as autoridades de segurança pública, agora o estelionato se tornou o crime de maior incidência em Minas Gerais. Dados da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública mostram que, em 2021, os golpes de estelionato cresceram 20% na comparação com o ano anterior. Foram 104 mil casos de estelionato para quase 27 mil roubos.
E até abril deste ano, data do último levantamento, já foram quase 40 mil ocorrências de estelionato contra menos de 10 mil roubos. Segundo especialistas, entre os diferentes motivos para o aumento assustador está o uso intenso das mídias digitais, expondo os cidadãos e seus dados pessoais.
Por isso, se tornaram tão comuns relatos de golpes por WhatsApp, Instagram, e-mail e até aplicativos voltados para relacionamentos. O aumento dos casos reflete diretamente nos serviços do Procon, que é o órgão de defesa do consumidor, segundo informou a advogada Patrícia de Oliveira.
Ela alerta as pessoas para que tenham mais cautela antes de abrir qualquer link ou acreditar em mensagens de possíveis prêmios ou pedidos de ajuda, que são as principais formas de abordagem dos estelionatários. A prevenção é o melhor combate ao crime mas caso a pessoa caia no golpe, sobretudo envolvendo perda de dinheiro, é preciso ela se atentar para alguns procedimentos a serem feitos.
Ainda de acordo com a advogada, a resolução judicial é sempre complexa e nem sempre existe a garantia de que a vítima será ressarcida pelas instituições financeiras.
E falando em estelionato, tem mais um golpe na praça – o da portabilidade do salário.Nele, criminosos utilizam documentos falsos, com dados da vítima, e abrem uma conta em outro banco - geralmente um banco digital – para onde é solicitada a portabilidade do salário. O pedido pode ser feito por aplicativo, sem a necessidade de ir até uma agência.
Há registros dessa prática contra servidores públicos, que têm seus dados disponíveis publicamente, facilitando o acesso dos golpistas. Em um dos casos já confirmados, a vítima teve R$ 25 mil desviados para outra conta.
Foto: Ronni Anderson/Rádio Santa Cruz FMHá 0 comentários. Comente essa notícia.
